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terça-feira, 8 de maio de 2007

Energia Nuclear


Angola quer investir na tecnologia nuclear como forma de aumentar a capacidade energética do país, dando maior enfoque ao desenvolvimento de projectos de investigação e à formação de quadros. O anúncio foi feito pelo ministro da Ciência e Tecnologia angolano, João Baptista Ngandajina, que rejeitou qualquer tentativa de aproveitamento daquela energia para fins menos lícitos, referindo-se à produção de armamento nuclear.
O ministro angolano revelou à “Voz da América” que o Governo “pretende conseguir o desenvolvimento científico ligado à energia nuclear” para garantir o desenvolvimento económico e social do país.
Em contrapartida, no seio do sector energético angolano correm rumores de que a Lei da Energia Nuclear – que deverá ser em breve debatida no Parlamento – contará com o apoio da China, um dos maiores produtores mundiais de energia nuclear.
Contactado pelo Expresso, António Costa e Silva, professor no Instituto Superior Técnico e especialista em energia nuclear, afirma que esta é uma tese credível, até porque “a China tem vindo a fazer o mesmo tipo de pressão sobre a Austrália e o Canadá”, países ricos em recursos radioactivos.
Troca por troca
As jazidas de urânio, muito abundantes em Angola, atraem o interesse da China que tentará oferecer como moeda de troca a “formação de quadros e a abertura de uma ou duas centrais nucleares”, refere o especialista.
Angola ainda não reúne as condições necessárias para a implementação do nuclear no país. “É necessário criar estruturas de monitorização, o que só será possível com o apoio de tecnologias de ponta. Este é um projecto que normalmente leva décadas a ser posto em prática”, acrescenta. Com uma economia primária que se baseia na exportação de matérias-primas para o exterior, António Costa e Silva acredita que Angola “ganhará mais em exportar recursos de urânio do que em desenvolver uma política nuclear” dentro das suas fronteiras.


fonte: Expresso online

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